Minhas impressões quanto ao 18° Poa em Cena foram muito boas, assisti 10 espetáculos nacionais.Vi uma montagem que reunia três textos de Qorpo Santo (Labirinto), bem interessante a montagem, uma quase leitura dramática, depois vi a engraçadíssima comédia ( O amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas), de um grupo pernambucano, onde eles abusavam da dramaturgia televisiva para exagerarem no melodrama e arrancar da plateia muitos risos." Histórias de amor líquido", direção de Paulo José, com as filhas dele no elenco foi a grande decepção dessa edição, achei interessante somente as projeções que faziam as trocas de ambiente ne peça, de resto era um texto fraco com atuações frágeis que estamos acostumados a ver na TV. As melhores peças que assisti foram : "A lua vem da Ásia", monólogo com Chico Dias e "Pterodátilos", com Marco Nanini e Mariana Lima. As duas peças viris com textos profundos. Vi ainda, "Ninguém falou que seria fácil" peça carioca muito interessante e "O pequeno inventário de impropriedades" do grupo Tespis de Santa Catarina, que também foi legal.Nas apresentações musicais queria ter visto a Maria Bethânia e suas palavras mas não consegui, vi Adriana Calcanhotto soltinha nos micróbios do samba e o show deencerramento das Mônicas ( Tomasi e Feijó), que com muita sintonia brilharam no Teatro do Bourbon Country.
O festival teve ainda Mariane Faithfull, Peter Brook, Bob Wilson, Pina Bausch, Philipp Glass, mas dessa vez quis prestigiar o que é nosso e não me arrependi, a festival ganha a maioridade com muita força. Valeu. Eugênio Moreira
